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Dicas de Como Escrever um Livro

1 Outubro, 2021 Manuel Clemente

Dicas de Como Escrever um Livro

Dicas de como escrever um livro

Plantar uma árvore, ter um filho e.…? Exatamente, é isso mesmo que acabou de pensar. Não era difícil, pois não? São poucos os que desconhecem esta expressão. Talvez por isso, o objetivo de escrever um livro seja transversal a tantas pessoas e, se estiver a ler este artigo, muito provavelmente também é uma delas.

Apesar de todo o romantismo em torno desta atividade, a verdade é que a criação de um livro é algo que está ao alcance de qualquer um de nós. À semelhança de um jogo de futebol na rua, é necessário muito pouco para fazê-lo. Só precisamos de uma folha e uma caneta ou um computador, por exemplo. Neste momento, talvez já esteja a sentir-se mal por ainda não ter começado, não é verdade? Vamos com calma, o intuito destes parágrafos não é esse.

Ao contrário daquilo que o título deste artigo possa sugerir, escrever um livro não é fácil. No entanto, começar a produzir um não tem de ser assim tão complicado. Para ajudar, aqui ficam as sete dicas de como escrever um livro que eu gostava de ter lido quando comecei a escrever.

Como escrever um livro: Entre a espada e a folha em branco

O terror para qualquer escritor. Contemplar a barra de digitação a piscar, imersa num oceano branco, pode ser (e é) assustador. A folha por estrear oferece um mar de possibilidades. Isto tem tanto de libertador como de confrangedor. É perfeitamente normal hesitarmos no momento de escrever as primeiras palavras. No entanto, o medo de não ter nada para dizer não pode adiar o encontro com a folha em branco. É fundamental aceitar este receio, normalizá-lo e deixar que a criatividade possa respirar através dele para que saibamos como escrever um livro. 

O hábito faz o escritor

“A inspiração existe, mas tem de nos encontrar a trabalhar”. Pablo Picasso não poderia ter pintado uma ideia melhor. Nem tudo é inspiração. Tem de haver trabalho. E muito. É através da repetição, da insistência e da resiliência que vamos conseguir aguçar a nossa criatividade e escrever um livro. É importante criarmos uma rotina que se adeque à nossa realidade. Quanto tempo vamos escrever por dia? “Funcionamos” melhor de manhã, de tarde ou de noite? Preferimos estar num café ou em casa? Ouvir música ajuda ou atrapalha? Assim que descobrimos qual a “fórmula” que melhor nos serve, aí sim, estamos em condições de dar o nosso melhor para descobrir como escrever um livro!

Observar e absorver

Quando queremos um determinado carro, parece que começamos a vê-lo em todo o lado. Como é lógico, as pessoas não desataram todas a comprar aquele automóvel. O que mudou afinal? Algo bastante simples: a nossa atenção. Ficámos mais despertos para aquele objeto. Para conseguirmos escrever mais e melhor, é fundamental sermos bons observadores. Reparar naquilo em que mais ninguém repara. Prestar atenção à conversa da mesa do lado. Focar nos detalhes que se escondem nos trajetos que habitualmente fazemos. Observe o mundo à sua volta e absorva toda a inspiração que tem para lhe oferecer para começar a escrever o seu livro.

Uma escada, vários degraus

É aqui que muitas pessoas desistem e não compreendem como escrever um livro. Não é uma prova de velocidade. Requer paciência e muita resistência. Tendo em conta a longa duração desta empreitada, torna-se vital subdividi-la o máximo possível. Pegando no exemplo do meu mais recente livro, “Não Forces, a Vida Flui”, após decidir que queria falar sobre o medo, listei todos os receios que gostaria de abordar. Isto permitiu-me ver a obra crescer, passo a passo, à medida que ia celebrando a conclusão de cada capítulo. Estabelecer pequenas metas é fundamental para manter a motivação. Quem escrever uma página por dia, durante um ano, seguramente terá material suficiente para um livro.

Tenho algo a dizer

Apesar de, frequentemente, nos esquecermos disto, cada um de nós representa uma individualidade, um ser único. Este é o presente que todos recebemos, mas que muitos tardam em abri-lo. Para aceder a esta voz, precisamos de estar dispostos a escutar aquilo que sentimos. Se juntarmos o que ouvimos aos autores que nos inspiram, então aí teremos um primeiro vislumbre do nosso estilo e de como escrever um livro. A originalidade chega depois, com o tempo e com a prática. A princípio, é natural que não se consiga criar nada de surpreendente. O importante é continuar, sem expectativas.

O risco de riscar

Se ainda não o fez, volte a guardar o “lápis azul” se faz favor. A excessiva autocrítica e censura podem ser fontes de uma tremenda frustração. Se uma flor tardar em desabrochar, não é por arrancá-la que irá florir mais depressa. Uma vez mais, peço calma. Devemos falar connosco como se estivéssemos a conversar com um amigo. Escrever um livro tem de ser algo leve, saudável e até terapêutico, não o contrário. Se estamos a começar, será que faz sentido elevarmos demasiado a fasquia? Claro que não.

Música para os meus sentidos!

Esta é das minhas favoritas. Existe forma de sabermos se aquilo que escrevemos está bom? Existe e é muito simples: ler em voz alta. Da mesma forma que conseguimos ter outra perspetiva sobre os problemas, quando falamos sobre eles, também os textos ganham uma nova vida quando lhes damos um som. A musicalidade é extremamente importante. Se tiver um ritmo fluído e soar bem, então é provável que os leitores dancem connosco e, quem sabe, uma editora também.

A partir daqui, já só tem de se preocupar com a árvore e com o filho. Descubra todas as nossas dicas de como escrever um livro e faça boa viagem!
Manuel Clemente

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